11 de outubro de 2011

fascínio


É quase impossível definir o exato frame da vida onde pesos diferentes gozam de um equilíbrio que gera uma união ardente entre consciência e instinto. Um conjunto de características positivas vai jogando carvão na fogueira, queimando algo que não existe, tornando o abstrato uma brasa, brasa que pode ferir, se não for manejada com a destreza de um cirurgião.
Ora nem todos possuímos tal atributo médico para cultivarmos a brasa acesa e inofensiva ao coração, muitas vezes nos queimamos, muitas vezes a acendemos com um descuido do nosso bloqueio natural contra amores e a pequena chama simbólica transforma-se em um incêndio interior sem proporções, para que haja fogo tem de haver um elemento que gera a combustão, ele existe, você não sabia que era dotado do mesmo, mas ele estava lá desde o início.
            A brasa dos seus olhos é capaz de queimar qualquer olhar, hipnose, como uma iara você me atrai, como pólos magnéticos similares você me repele, por que faz isso? Seu olhar me puxa, seu coração me sopra, sua boca me chama, seu corpo não me pertence, ele é propriedade privada, que até em meus sonhos me privo de explorar.
            É um crime não olhar, ao olhar visualizo uma face que mistura simpatia e maré calma, cadê as ondas? Estou pronto pra surfar.

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