20 de outubro de 2011

páginas


Foi como ler um livro, aprendi a amá-la, virar suas páginas, marcá-la para não me perder na metade. De início já não conseguia mais tirar o próximo capítulo do meu pensamento, cheguei à metade e os personagens, que antes eram anônimos, subiram à tona, como se fosse um levante armado tomaram o poder de mim, se apoderaram de você.
Só eles estrelavam a trama, você foi domada pelos seus cérebros vazios e músculos inchados de anabolizantes, não contra vontade, nem um par óculos me ajudaria a enxergar melhor a situação, foi você quem preferiu atuar lá no fundo do palco, chegando próximo do fim a leitura uma sensação, daquelas repulsivas misturadas com choro preso, se apoderava de mim, abandonei as páginas, não sem antes virar mais uma e marcá-la.
A contracapa, essa foi a página que eu marquei, sim o livro havia acabado eu não notei que estava chegando ao fim, a história não tinha acabado, foi uma surpresa, surpresas são inesperadas, não sei se os dois escritores abandonaram a obra, acho até que resolveram escrever outras duas, desta vez separados, o certo é que o livro que vos relato talvez seja um daqueles que quando não tem um final nos deixam criar um que nos pareça menos doloroso ao coração.
Na edição publicada no do dia 20 de outubro nenhuma correção foi realizada, talvez haja uma republicação, só o tempo irá dizer, por enquanto esse leitor imaginou um final que dói, mas que pelo menos encerra uma história de desordem silenciosa.

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