Aqui estou eu, sei lá que dia é hoje, na verdade eu
sei, mas não interessa, abri o word e decidi escrever, jogar letras na tela me
acalma, muita gente precisa de químicos pra sair deste mundo, eu não, preciso
sim de palavras.
É incrível a minha capacidade de perder o foco em uma
linha de raciocínio, “normal, normal, mamãe passou dislexia em mim”, diriam os
abusados.
Eu queria falar sobre como está a minha vida, mas eu
não iria ler um texto de uma pessoa falando sobre sua vida, porque vocês iriam?
Olhar o meu facebook e exercer julgamentos pela minha foto, pelos meus amigos e
pelos meus likes, isso vocês fazem e muito, mas ler um texto pessoal, isso não,
ler pra que? Não é?
Pagando de Pedro Bial eu digo: - se eu pudesse dar só
uma dica pra vocês, seria essa: larga essa merda de facebook (as 8h diárias
que você fica vidrado nele), meu bruxo, isso está te fazendo mal. Faz mal sim, por acaso
quando foi a última vez que você falou com seu amigo, sobre uma pessoa que você
estava afim, e iniciou a conversa de uma forma diferente do que “viu o que ela(e)
postou?”. Quando foi a última vez que você conversou sobre qualquer assunto
aleatório, de você, do cachorro da esquina, do novo bar que abriu e etc, que
não havia sido levantado no facebook? Responda-me!
Eu tenho a maior sorte do mundo, convivo com uma
parcela de pessoas não afetadas por esse verme. Não estou falando das minhas
tias e dos meus avós, mas sim dos meus amigos que não possuem facebook. Como é
maravilhoso chegar, pronunciar “fala pessoal tranquilo?” e não escutar um “bah
meu, que viagem que tu postou no *face* ontem?”.
Esse texto é generalista sim, se couber em você faça
bom proveito. Como eu comecei esse texto mesmo? Me perdi.