26 de setembro de 2011

injete

Injetava drogas nas minhas veias, injetava excluindo o contato físico, olhos e boca trabalhavam sincronizados e o ato de injetar ocorria maravilhosamente ficcional, até aí tudo ia bem, o problema é que você começou a compartilhar o elemento injetor, desde então eu adoeci.
Meu estado espiritual está em fase terminal, espero que termine logo, se não terminar ficarei com sequelas que talvez nem o melhor médico nestas situações, o tempo, possa reverter o quadro.
Não é de forma alguma um quadro instável, esse é o problema, é sempre a mesma coisa, meus lábios sibilam ”nãonãonão sim”, quando observo já estou negando a afirmação e assim afirmando a situação de que não existe nada que solucione um episódio não findado.
Enquanto isso eu adoeço mais e mais.

23 de setembro de 2011

comum


Não começou nem com um susto, nem com barulho e muito menos com uma arma apontada na direção da cabeça. Só começou, sem delírios, a rua estava cheia, estranhos como o de comum. Os espinhos apontavam na direção oposta da gravidade, mas a gravidade de um ferimento provocado pelo mesmo é forte como a outra que faz seus pés cravarem no solo terrestre, amarelinha era impossível de jogar naquele espaço, mais impossível ainda era chegar ao céu, 10 casas, 10 passos, 10 improbabilidades.
Ferimentos psicológicos comuns, o coração imaginário está como uma peneira, não perfurado de balas, pois sempre carregamos conosco uma caneta de prata no bolso da camisa, mas peneirado por ataques maliciosos de uma realidade que antes nunca ousara nos dar bom dia.
Tudo é estranho, até 8 horas atrás vocês me curtiam no facebook e agora passam pela rua, quase trombando com os meus aproximados 68kg e nem me cutucam com um bom dia.
É o comum.
Relações Humanas foram criadas para se debatê-las e não para se praticá-las, as mentes críticas já nos davam esse toque.

12 de setembro de 2011

manual nada automático

Raios de sol penetram na íris, a cortina se fecha, estão presos lá dentro. Um andar sem foco algum, rastejando os pés pelas veias do mundo cruel. 
Os raios iluminados que estão presos no interior da mente estão lá prontos para se esvaírem ao menor sinal de uma desilusão. Minha pequena eu sei que não temos muito tempo, faça como os raios de sol, entre pelos meus olhos e não me deixe ter desilusões.
Não quero um amor, uma vez que ele só é a solução dos problemas que ele mesmo causa, quero um sentimento magnético e frenético, pois se dermos chance de ficarmos presos, em alguma das 11 dimensões, ao início de qualquer desilusão nos desintegraríamos e passaríamos a ser novamente eu e você e não mais nós. Ou simplesmente passaria a ser você, pois eu morreria no segundo posterior.
O brilho dos seus olhos já se abrigou em mim, o tempo armou armadilhas de níveis superiores a 7 graus na escala da desilusão, eu caí, o brilho mesclou com um ódio e explodiu, liberando fogos de artifícios emitindo estrondos cheios de fúria e imagens sem cor alguma.
Como se fosse uma espécie de maldito big bang essa explosão ao invés de destruir tudo formou um sentimento mais forte ainda, não era pra ser assim, o manual não projeta nada parecido com isso nas suas mais de 0 páginas.

8 de setembro de 2011

a vida em anos caninos

Ontem acordei de meu inconsciente olho perdido, boca aberta, pescoço caído e por pouco não havia uma gota de saliva pronta para se aventurar no mundo exterior à minha boca, o bocó de mola estava em devaneios, não pessoais, animais.
É bem verdade que meu cachorro não é bonito, assim como o dono, mas a vida dele se passa em anos caninos, a vida humana todos sabem se passa em vários diferentes anos, o das vacas magras, os dourados, os revolucionários, os memoráveis, os depressivos e os anos hummm anos. Quantos anos cabem em uma vida? Vida humana ou canina? Anos humanos ou caninos? Já calculou? Então agora me diga para onde foram os já passados anos?

2 de setembro de 2011

1 de setembro de 2011

planeta caramelo

PLANETA CARAMELO é um ilustre ocupante do espaço cósmico, com formato de esfera e em dimensões bem maiores do que a sua 1° bola de futebol, presente do seu tio maneiro no seu 6° aniversário, reina um sentimento que é tido como a solução de tudo, para minha mãe, para a sua, para a política do de bem com a vida, para as religiões e para o que mais você quiser encaixar nesse espaço _______, talvez ele seja tido como a única solução para absurdamente tudo. Não importa se você é burguês, aristocrata ou um revolucionário que pagou R$ 45,00 em uma loja da rede por um T-Shirt do Che Guevara, na hora de decidir os problemas todos se dão as mãos em campanhas baratas que afirmam existir apenas um recurso para o fim de todas tempestades: o amor.
       Quanto açúcar no discurso, deve ser por isso que Caramelo está derretendo de amores.