23 de setembro de 2011

comum


Não começou nem com um susto, nem com barulho e muito menos com uma arma apontada na direção da cabeça. Só começou, sem delírios, a rua estava cheia, estranhos como o de comum. Os espinhos apontavam na direção oposta da gravidade, mas a gravidade de um ferimento provocado pelo mesmo é forte como a outra que faz seus pés cravarem no solo terrestre, amarelinha era impossível de jogar naquele espaço, mais impossível ainda era chegar ao céu, 10 casas, 10 passos, 10 improbabilidades.
Ferimentos psicológicos comuns, o coração imaginário está como uma peneira, não perfurado de balas, pois sempre carregamos conosco uma caneta de prata no bolso da camisa, mas peneirado por ataques maliciosos de uma realidade que antes nunca ousara nos dar bom dia.
Tudo é estranho, até 8 horas atrás vocês me curtiam no facebook e agora passam pela rua, quase trombando com os meus aproximados 68kg e nem me cutucam com um bom dia.
É o comum.
Relações Humanas foram criadas para se debatê-las e não para se praticá-las, as mentes críticas já nos davam esse toque.

Nenhum comentário:

Postar um comentário