12 de setembro de 2011

manual nada automático

Raios de sol penetram na íris, a cortina se fecha, estão presos lá dentro. Um andar sem foco algum, rastejando os pés pelas veias do mundo cruel. 
Os raios iluminados que estão presos no interior da mente estão lá prontos para se esvaírem ao menor sinal de uma desilusão. Minha pequena eu sei que não temos muito tempo, faça como os raios de sol, entre pelos meus olhos e não me deixe ter desilusões.
Não quero um amor, uma vez que ele só é a solução dos problemas que ele mesmo causa, quero um sentimento magnético e frenético, pois se dermos chance de ficarmos presos, em alguma das 11 dimensões, ao início de qualquer desilusão nos desintegraríamos e passaríamos a ser novamente eu e você e não mais nós. Ou simplesmente passaria a ser você, pois eu morreria no segundo posterior.
O brilho dos seus olhos já se abrigou em mim, o tempo armou armadilhas de níveis superiores a 7 graus na escala da desilusão, eu caí, o brilho mesclou com um ódio e explodiu, liberando fogos de artifícios emitindo estrondos cheios de fúria e imagens sem cor alguma.
Como se fosse uma espécie de maldito big bang essa explosão ao invés de destruir tudo formou um sentimento mais forte ainda, não era pra ser assim, o manual não projeta nada parecido com isso nas suas mais de 0 páginas.

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