14 de março de 2012

a ferida


Doía, dói, vai doer, mas isso é bom, não vai deixar mais que eu abaixe a guarda novamente, logo no 2° round.
O que mais doeu foi o baque, mas este não foi a pior consequência, você não sabe a dor que eu sentia lavando o ferimento, duas vezes ao dia, uma ao acordar, outra ao deitar.
Os mais antigos mandam lavar com sabão e água quente, era muita sujeira, no país eu creio que não exista todo sabão necessário para fazer uma boa limpeza.
Experimentei lavar a seco, sem deixar cair uma lágrima sequer, arde muito mais, mas massageava o meu ego também, ainda não acabei de limpar, como falei, ainda vai doer, ainda vou limpar.
Não fico sem jeito em assumir que você foi uma espécie de tinta, secou, durante minhas investidas na vida doméstica do coração eu canso e deixo uns resquícios seus, sempre é bom a gente saber de que tinta foi pintada aqueça parede antes.
O que mais me preocupa é que a ferida já está quase fechando e eu não vou conseguir acabar de limpar a tempo.

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