7 de agosto de 2013

gosto adquirido

Carne no dente, é tipo o que eu sentia, algo que me incomodava, se eu insistisse em removê-lo me doía, só que não era na boca, era no cérebro. A carne no dente do cérebro, onde eu mastigava as ideias.
Era algo que dizia “cara, olha que lindo é você pregar algo que é contra o poder dominante”. Era lindo sim, era algo que eu denominei a partir de determinado momento de gosto adquirido, eu gostava de fazer aquilo, era notado como uma dama de espada em um jogo de copas. Até quando percebi que eu não acreditava naquilo. É como comer algodão doce, você pode pegar ele inteiro, esmagar e fazer uma espécie de bolo, porém quando você coloca ele na boca, ele some, é algo ilusório.
Eu gostava de algodão doce, mas percebi que para a minha pessoa não era correto acreditar nele. Para você pode ser, mas mesmo assim eu recomendo uma passada no dentista, ou só uma passada de fio dental mesmo.
Eu vejo falso moralismo no meu café da manhã, no meu almoço e principalmente na minha janta. Eu acho um algodão doce esse pessoal que anda de tênis rasgado, camisa desbotada e come nutella com pão francês no café. Eu só fico confuso sobre qual dos dois comportamentos é o “gosto adquirido”.

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