Quando você cai
na rede, parede, redemoinho, redenção, predestinado. Ninguém sabe como você
caiu lá, mas é lá que você está, aqueles bonecos de cabeça amarela, com braços
que parecem chaves de roda, estão lá apenas para não deixar o balanço da vida cessar.
Como em uma
linha imaginária, hora você se encontra no calor de um dia iluminado pelo sol,
hora na depressão e na clareza de um dia após a chuva. Nada é mais belo e ao
mesmo tempo depressivo do que um dia após a tormenta. A rua está limpa, aquele
espírito mundano se esvaiu pelo bueiro, as pessoas passam e você sente o cheiro
de gente, não de bonecos amarelos. O problema é que em algum momento o sol
volta, pra te secar, te aquecer, fazer evaporar a água, formar nuvens e depois
sumir, sem avisar, te deixando na mão e sem guarda-chuva.
É nesse
momento, sem guarda-chuva, que os amarelinhos voltam, com toda força, mas eles
não te derrubam da rede, pois eles não querem que você saia dela, querem que
você se exponha ao calor e ao frio, lutam para que você contraia pneumonia e por
conseqüência sofra em uma cama hospitalar, aí sim, o derradeiro descanso, sem
balanço, olhando pela vidraça os pingos de dor que caem do céu, dor de um
destino que sofreu um acidente.
gian linduxooooooooooo (luisa ribeiro linda perfeita aqui oçdasodkaso
ResponderExcluirluísa ribeiro surfando na rede rs
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