29 de agosto de 2011

PREHISTORIK 2, CONTEMPORANYHISTORIK 1

Imagem da abertura do game
        PREHISTORIK 2, lembro como se fosse hoje, munido de meu Windows 95, uma memória RAM de aproximadamente 10 mega - uma velocidade alucinante, adrenalina parecida com a do filme Velocidade Máxima, com uma só diferença, Sandra Bullock não estava ao meu lado – não vivíamos mais tão somente no tempo do disquete, mas foi através do dito cujo que eu consegui adquirir o game mais fantástico e genial que eu já joguei em toda a minha vida. É bem verdade que ele não possuía os melhores gráficos, não eram os piores também, nem a melhor jogabilidade, digo o mesmo dela.

O homem das cavernas, personagem a ser controlado, era um cara maneiro, acima de tudo boa praça, não tinha amigos, ingeria quantidades exorbitantes de comida e era minha companhia todo dia depois das 19h até as 21h30min.
Relato ele como sendo o game mais fantástico e genial, pois foi o que mais fundo na minha essência adentrou, controlado apenas por setas de direção e pela tecla de espaço, o nosso querido amigo consumia comidas diversas, vídeo-game, cartas, diamantes e outros objetos aleatórios, um ser insaciável, consumia tudo e todos que via pela frente, a cada fase concluída, ele todo alegre, esperava ansioso pelo seu percentual de aproveitamento, os ursos, seus principais inimigos, surgiam e desapareciam do chão, para não colidir e por conseqüência enfraquecer-se com eles, bastava calma para esperar eles desaparecerem ou velocidade para atacá-los com sua arma, um pedaço de pau.
Atalhos cortavam o caminho, mas você perdia a melhor parte do game, que era conhecer pontos onde você conseguia comida, pontos, passagens secretas e assim jogar o jogo, viver a vida, conhecer cada pixel que aparecia na tela e se desenvolver até chegar ao nível em que você conseguia concluir com 100% de aproveitamento a 1° fase, em menos de 3 minutos – cheguei a concluir com 98,5% em 2min58seg (meus dedos formigaram de emoção).
Não mais que 12 anos, eu tinha, mas através de um game representando a pré-história eu pude entender melhor a contemporaneidade, o homem insaciável consumindo absolutamente tudo o que aparecia pela frente. As direções a seguir era as quatro básicas, para cima, baixo, esquerda e direita. Se você fizesse o melhor trabalho possível, aproveitasse 100% da fase, você conheceria tudo e seria recompensado no final, as tentações de usar os atalhos eram grandes, mas os mesmos lhe trariam pouco ou quase nada de aproveitamento na vida.
Os ursos, seus principais inimigos, eram bobos, mas perigosos, um único esbarro neles era fatal, nosso amigo não era gato, mas sempre tinha aproximadamente sete vidas para sobreviver. Com o tempo aprendemos a lidar com os ursos, atacar ou aguardar, qualquer uma das duas opções é a certa, desde que você se esforce para realizá-las bem, os inimigos são previsíveis, iguais ao governo, a economia e atualmente igual até a F1.
PREHISTORIK 2 me ensinou que todos nós somos homens da caverna, com apenas uma diferença: agora moramos em gaiolas e cabanas, mas continuamos consumindo tudo o que vem pela frente.
Momento da 2° fase do game

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